No quadro das suas missões de intervenções comunitárias ligadas ao empoderamento comunitário, a Tiniguena, Ação para o Desenvolvimento (AD) e a Migração-Cidadania-Desenvolvimento (GRDR) assinaram hoje, dia 9 de abril, um acordo de parceria para facilitar a preparação, os estudos, o financiamento e a execução operacional de projetos de desenvolvimento na Guiné-Bissau.
A iniciativa tem como o objetivo, apoiar as comunidades, as organizações da sociedade civil e as autoridades locais nas zonas onde as três estruturas intervêm.
Na ocasião, Jorge Camilo Handem, diretor executivo da AD, garantiu que o acordo assinado não vai ficar só no papel, e sim será aquele que vai-lhes mover e orientar pela responsabilidade que têm enquanto organizações e estruturas responsáveis pela transformação da sociedade.
Jorge Camilo confirmou que estão a volta de três princípios, que é a lógica da continuidade, lógica da valorização, aprendizagem e a inovação.
Na sua opinião, em termos da lógica da continuidade, essas três organizações iniciaram nos anos 90 uma forma de intervenção coletiva na qual criou-se um projeto que era iniciativa de Cantanhés.
Segundo ele, a iniciativa marcou a dinâmica conjunta das ONG’s, baseada numa lógica de aprendizagem e de concertação, e que também está na origem de hoje em dia, terem toda a questão de valorização, divulgação dos assuntos ambientais e de proteção dos ecossistemas
O mesmo responsável assegurou ainda que, como sendo as ONG’s mais antigas do país, têm a responsabilidade sobre o bem-estar da sociedade, porque partilham os mesmos valores ideais, visando promover uma ética do desenvolvimento centrado no homem e na comunidade local como base do ponto de partida para o desenvolvimento.
“Essa é a nossa lógica, essa é nossa visão e é nossa missão. Por isso, decidimos assinar esse acordo de parceria que permite valorizar toda essa dinâmica”.
Por sua vez, o diretor executivo da Tiniguena afiançou que os seus objetivos, acima de tudo, visam às intervenções ao nível da promoção e desenvolvimento local, e que muitas das vezes as iniciativas das parcerias são ocasionais e sem a definição daquilo que é visão partilhada, sem metodologias concertadas.
Miguel de Barros destacou ainda que, faria todo sentido nessa primeira fase, pensar a longo prazo, de como é que as intervenções podem gerar maior impacto, mas sobretudo, trazendo às comunidades com quem trabalham para o centro dessa intervenção, partilhando instrumentos, experiência e também as suas expetativas e sonhos.
O diretor executivo da Tiniguena considerou de importante a referida ação, pois com isso, podem ter melhor capacidade de articulação com os parceiros internacionais que intervêm na Guiné-Bissau, no sentido de melhor orientar as suas políticas para zonas ou territórios que intercedem.
“Mas sobretudo para congregarem o mesmo esforço na concretização dos objetivos que assumimos enquanto uma sociedade que está congregada com aquilo que são visões globais em termos de transformação. É com essa perspetiva que achamos que esse seria momento importante para inaugurar essa primeira fase, demonstrando não só essa vontade e disponibilidade, mas também é um compromisso institucional das nossas três organizações em levar avante essa metodologia”, salientou Miguel de Barros.
Cadidjatu Bá