O Presidente da República visitou hoje, dia 3, às instalações do Estado-Maior General das Forças Armadas e da Guarda Nacional, onde manteve reuniões à porta fechada com as chefias militares para se informar sobre os acontecimentos de 1 de dezembro .
Após essas visitas, em declarações à imprensa, Umaro Sissoco Embaló afirmou que todos os envolvidos vão à prisão, sejam quem eles forem ou das funções que desempenhem.
O Chefe de Estado disse que a comissão de inquérito desse caso inicia os seus trabalhos a partir de amanhã, 4 de dezembro e prometeu que a mesma será transparente e conclusiva.
“Houve apreensão de viaturas usadas nessa operação de tentativa de golpe de Estado e também há pessoas detidas que já estão a desvendar os financiadores desse ato. Fui surpreendido em 1 de fevereiro de 2022, mas nunca mais… e podem continuar a tentar mas nunca vão conseguir. Fui eleito na urna e só vou deixar a Presidência se assim decidir o povo nas urnas”.
Num ton de grande irritação, o Presidente da República disse que está à espera de quem lhe fale da constituição de uma comissão de reconciliação nacional, este terá uma resposta feia, afirmando que essas tentativas são tudo menos reconciliação.
A cada mãe, Umaro Sissoco Embaló exortou para não deixar o seu filho fazer parte de eventuais ondas de distúrbios, “mas também, quem decide fazer parte que assuma as consequências”.
Questionado sobre o estado de saúde dos feridos nos confrontos do dia 1 de dezembro, o Presidente da República disse estes se encontram em tratamento médico em Dakar e afirmou que nem sequer tentou saber das forças opostas, pois, “são marginais e se há mortos esses morreram como bandidos. Da parte das forças republicanas não houve baixas”.
Aliu Baldé