A Agência de Notícias da Guiné (ANG) e a congênere de Portugal (Lusa) assinaram hoje, 25 de outubro, um acordo de parceria e partilha de informações e de reforço de capacidades dos jornalistas no tratamento das informações.
A cerimónia foi presidida pelo secretário de Estado da Comunicação Social, Francisco Muniro Conté que, na ocasião, reconheceu que vem sendo uma tradição o contributo de Portugal na vertente de formação de quadros na área de comunicação social.
Conté afirmou que estabelecer parceria com a Lusa significa usufruir da vantagem de cooperar com uma organização de dimensão mundial e rigoroso no respeito às regras deontológicas da profissão de jornalismo.
Para o secretário de Estado da Comunicação Social, a cooperação com a Lusa é uma autêntica abertura de escola profissional de jornalismo que a ANG deve aproveitar no máximo com vista a retomar a sua dinâmica na produção de notícias.
Na perspetiva do representante da Embaixador de Portugal nesse evento, André Costa, esse protocolo de acordo representa um benefício palpável e real para a sociedade guineense, em geral, e particular para os jornalistas que vão beneficiar de ações de formação da parte da Lusa.
Para o diretor-geral da ANG, essa assinatura de acordo oficializa a retoma de cooperação das duas instituições lusófonas de notícias. Salvador Gomes lembrou o primeiro pacto que agora se revalida foi celebrado na década de 80.
Salvador Gomes prometeu que a ANG vai redobrar esforços para aumentar a sua capacidade de produção de notícias. “Doravante, vamos ter que fazer notícias para servirem de notícias, isso significa melhorar a qualidade no tratamento das informações”, anunciou.
O diretor-geral da ANG disse que a componente formação é a maior carência da sua instituição, tendo em conta que o grosso número de jornalistas é portador de conhecimentos teóricos, adquiridos nas universidades, que precisam ainda de muito mais exercícios práticos para familiarizarem com a linguagem de uma agência de notícias.
A delegada da Lusa em Bissau, Helena Fidalgo, declarou que a história uniu Portugal e Guiné-Bissau, por isso, deve ser mantido esse laço. No que se refere às relações entre ANG e Lusa, a jornalista portuguesa defendeu a continuidade de partilha de conhecimentos, tendo acrescentado que estão cá para “o que for preciso”.
A jornalista considerou de “muito importante” o acordo rubricado, sobretudo no mundo atual em que a comunicação social é invadida pelas redes sociais.
A delegada da Lusa defendeu haver necessidade de fazer as pessoas perceber que existe grande diferença entre o jornalismo com o que se veicula nas redes sociais, que muitos confundem como notícias.
Aliu Baldé