Meninas querem aumento de ações para obterem justiça social

A ministra da Ação Social, Família e Promoção da Mulher afiançou que a situação de igualdade de
género requer bastante trabalho no país, uma vez que os rapazes são mais privilegiados em
relação às raparigas.

Cadi Seidi falava durante as comemorações de 11 de Outubro, Dia Internacional da Menina, Sob o
lema: “As Meninas querem um aumento de ações e investimentos na equidade do género para
que possam obter a justiça social”.

A titular da pasta da Mulher, assegurou que as meninas são sempre vítimas e obrigadas a
cuidar dos trabalhos domésticos, as vendas ambulantes dos diferentes produtos, são impedidas
de frequentar a escola em maioria dos casos e que são forçadas a se casarem sem seus
consentimentos.

Para Seidi, apesar de existir leis que protegem as meninas e mulheres na Guiné-Bissau, ainda é
frequente a situação de privilégio do sexo masculino em relação ao feminino e que os meninos têm
sempre vantagens, uma vez que são eles a tomarem decisões, que opinam e que têm mais
liberdades de frequentar as aulas.

Segundo a governante, há muito por fazer sobre a igualdade do género no país, visto que no
próprio parlamento, nesta XI legislatura existem apenas 11 mulheres deputadas no
universo de 102 parlamentares; no Governo composto por 34 membros apenas nove são
mulheres, foi ignorada assim a Lei de Paridade que estabelece a quota mínima de 36 por cento da
participação de mulheres no Parlamento.

Em representação do Presidente da ANP, o ato central foi presidido pela sua conselheira para os Assuntos da Mulher e Criança, Bilony Nhama Nantamba Nhassé.

Na ocasião, lembrou que o Dia Internacional da Menina foi instituída pelas Nações Unidas em
2001, reconhecido pela Guiné-Bissau.
Bilony Nhassé indicou que a camada feminina é maioritária no país, composta por 52,4 por cento.
“Falamos da Lei de Paridade que exige 36 por cento, estamos a lutar para atingirmos patamar de
50/50 em termos de  representatividade”, disse.

Nhassé disse esperar que o Governo do PAI-Terra Ranka cumpra pelo menos a maioria das
exigências das meninas guineenses.
Em representação do Fórum de Intervenção Social de Jovens e Raparigas (Finjor), Muscuta Fati,
disse que a efeméride é comemorada anualmente com o objetivo de promover
os direitos das meninas e combater a desigualdade de género em todo o mundo.

Segundo essa menina, a data busca chamar a atenção para exceções que afetam as meninas em
diferentes partes do mundo, desde a falta do acesso a educação até à violência baseada no género
e casamento precoce. Enfatizou a importância de empoderar as meninas permitindo-as alcançar o seu potencial.

Muscuta Fati sublinhou que uma das principais metas do Dia Internacional da Menina é garantir
que todas tenham a educação de qualidade.

Adelina Pereira de Barros

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