A Associação dos Padeiros Tradicionais da Guiné-Bissau reitera o compromisso assumido perante o governo em baixar o preço do pão de 200 para 150 francos CFA para o consumidor final.
Em conferência de imprensa realizada esta tarde, o presidente da referida organização, Braima Djaló, acusou o presidente da Associação dos Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau, Aliu Seide, de ser o orquestrador da polémica que se vive no país entre os padeiros e o Governo, a qual resultou na escassez do pão, em Bissau.
“Depois do regresso do Presidente da República ao país, Aliu Seide telefonou-me e disse: o Presidente Umaro Sissoco convocou-nos para uma reunião. Fomos lá e compreendemos que, afinal, a convocatória não foi do Chefe de Estado e acabamos por abandonar”, explicou.
A Associação dos Padeiros reconheceu que o Governo perde muito dinheiro na redução da taxa de despacho da farinha, assim como o importador que desceu o preço de saco de 50 quilos de 31 mil para 24.600 francos CFA, baixas que permitem aos padeiros obter a margem de lucros de cerca de quatro mil francos cfa em cada saco.
Braima Djaló lembrou que o acordo com o governo foi rubricado desde 11 do mês em curso, mas que viria a entrar em vigor a partir do dia 24 de setembro, no sentido de permitir o esgotamento do stok anterior da farinha.
Braima Djaló acusou Aliu Seide de ter mobilizado os padeiros a não respeitarem o acordo e de usar indevidamente o nome da associação legalmente instituída. “Por essas infrações, vamos mover queixa-crime contra Aliu Seide”, acrescentou.
Por seu lado, o vice-presidente da Associação dos Padeiros Tradicionais da Guiné-Bissau, Mamadu Camará, considerou de nula e sem efeito a reunião de ontem, dia 27, dos seus associados com o Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, devido a representação ilegítima dos seus membros nesse encontro.
Aliu Baldé