ENABEL e Governo juntos na implementação do Quadro Nacional de Qualificações

A Agência Belga de Desenvolvimento (ENABEL), em parceria com o Governo, organizou segundo Workshop de institucionalização do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), com o objetivo de incentivar os jovens a fazer cursos técnicos e profissionais.

O workshop foi financiado pela União Europeia, no quadro do projeto de relançamento de Ensino Técnico e Profissional para o Emprego no país (RESET), com a finalidade de dar os jovens a oportunidade de autoemprego, e não só, como também de se formar, porque nem toda gente pode ter formação superior.

A organização do seminário visa igualmente melhorar a governação, do Sistema do Ensino Técnico Profissional, com a participação ativa do executivo, setor privado, sociedade civil e centros de formações. 

Os organizadores desse encontro querem, por outro lado, o aprofundamento dos debates em torno do Quadro Nacional de Qualificações, a fim de finalizar o documento conceitual de reforço de capacidades dos interessados, no domínio da educação, formação e emprego.

Em entrevista ao Jornal Nô Pintcha, a coordenadora Quadro Africana de Qualificação (QAQ), Eduarda Castel Branco, disse que o mais importante é conseguir um bom documento que represente as ansiedades e prioridades nacionais, que suporte e promova as reformas muito importantes que o sistema educativo necessita na sua globalidade, e que seja comparável e compreensível a nível da sub-Região.

QAQ é um projeto da União Africana com financiamento da União Europeia, implementado com assistência técnica da Fundação Europeia de Formação.

Entretanto, o documento concetual visa contextualizar melhor o sistema nacional de qualificação, servindo de base para a criação do QNQ. 

Disse que o Quadro Nacional de Qualificações é fundamental para o desenvolvimento da Guiné-Bissau, porque é um quadro que já está a ser implementado em mais de 150 países do mundo.

Eduarda acredita que a implementação do QNQ no país vai trazer grandes transformações na esfera de trabalho, da educação e de formação. “

“A Guiné-Bissau tornou-se parte desta família e desta dinâmica mundial, mas o processo apenas começou e vai requerer o apoio político e das principais entidades do mundo da educação e formação, bem como dos restantes parceiros”, sublinhou.

Segundo aquela responsável, esse apoio deverá ser consistente e contínuo por mais uns anos, porque vai mudar certos paradigmas, nomeadamente harmonizar os parâmetros de legues de cursos e qualificações, para melhorar a comparabilidade e a credibilidade, permitindo focalizar mais nos resultados da aprendizagem.

A finalizar, afirmou que o país tem boas oportunidades neste momento, para relançar as reformas do sistema educativo em geral, e do ensino técnico e formação profissional, porque a Assembleia Nacional Popular já entrou em funções.

Alfredo Saminanco

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