O Coordenador do Programa Nacional de Luta contra Paludismo na Guiné-Bissau disse que 94 por cento das crianças menores de cinco anos já tomaram medicamentos preventivos de paludismo nas regiões de Bafatá, Gabu, Bolama e Tombali.
Paulo Djata falava ontem em entrevista exclusiva à ANG, em jeito de balanço da primeira fase da campanha de quimioprevenção sazonal de paludismo, que decorreu entre os dias 06 e 11 de agosto último.
Afirmou que a distribuição de medicamentos de prevenção à infeção por paludismo nas regiões acima referidas irá contribuir na diminuição da taxa de prevalência de doença naquelas zonas.
Sustentou que no ano passado, 91.300 casos de paludismo entre adultos e crianças foram registados nessas quatro regiões, dos quais 43.533 são da região de Gabu, 33.400 de Bafatá, 12.769 em Tombali e 1.598 casos na de Bolama.
Disse que a quimioprevenção é uma estratégia que está a ser usada por ser “altamente eficaz” para a prevenção de paludismo, em áreas onde o fardo da doença é elevado e a transmissão ocorre sobretudo na época chuvosa.
O coordenador do Programa de Luta contra o Paludismo acrescentou que é implicada a administração de regime de tratamento mensais de sulfadosina-pirinetamia e amodiaquina, durante o pico de transmissão, aos grupos da população de maior risco, neste caso, as crianças menores de cinco anos.
Ao se ter conseguido atingir 94 por cento dessas crianças, o médico considerou de positivo a primeira fase do processo, adiantando que a segunda está prevista para o período que vai de 6 a 12 de setembro corrente.
Enalteceu a colaboração da população das regiões abrangidas pela campanha.
Lamentou a insuficiência da campanha de sensibilização junto da população, apesar de recorrer aos meios de comunicação social para o efeito.
Segundo Paulo Djata era necessário mais meios financeiros para permitir a criação de um grupo responsável para a sensibilização populacional em risco durante os quatro meses de campanha.
Bafatá conta com 2.130 crianças, Bolama-120, Gabu-3.390 e Tombali-1.380 crianças para um total de 6900 crianças que deviriam ser atingidos.
Prespectiva-se atingir 18.059 crianças de 3 a 11 meses e 80.061 meninos de 12 a 59 meses, ou seja, crianças de 0 a 4 anos, nas quatro regiões supracitadas.