47 Anos de desafios e conquistas

O Jornal Nô Pintcha ao dobrar mais um ano de vida, 47, aproveita esse ensejo para enaltecer o esforço aquiescido pelos seus profissionais, o público leitor, os anunciantes, os opinadores, cronistas cada um no seu quiosque ou cantinho que nos possibilita hoje volvidos quase meio séculoadicionar vitórias num trilho agreste e vendo-se embrenhado num ciclo de arduidade.

Há 47 anos de uma forma ininterrupta conecta os leitores guineenses com o que acontece nas cidades, no interior do país e no mundo, como também dá aos seus vastíssimos eleitores a possibilidade de se posicionar ativamente e abrir questionamentos diante de uma determinada situação ao longo da nossa história através de rúbricas tais como coluna dos leitores, responde o povo que deu lugar presentemente ao chamado inquérito e opiniões especializadas.

jornal impresso é uma das formas de comunicação, com papel fundamental na disseminação da informação e o Jornal Nô Pintcha preencheu essa lacuna tendo ajudado aos seus leitores de diferentes franjas sociais a melhorar a escrita da língua portuguesa, além de formar cidadãos críticos.Durante a Idade Média, pode-se dizer que os jornais e o jornalismo tiveram o seu maior salto tecnológico.

Recuando na história quando a prensa de papel inventada pelo Alemão Johannes Gutenberg possibilitou que o trabalho que antes era realizado manualmente pudesse ser feito por máquinas, tornando a publicação de livros de jornais muito mais ampla, rápida e barata. É nessa senda que o jornal governamental tem cumprido integralmente a sua missão à luz da constituição, informando e formando a opinião pública dos diferentes desafios, das genuínas aspirações do povo, das expugnações, estorvos, mas igualmente dos sucessos do governo em cada etapa da árdua tarefa de reconstrução e construção da nossa amada terra.

Quando comemoramos 47 anos de vida do semanário governamental orgulha-nos assinalar um efeito histórico da materialização daaspiração de muitos para não dizer todos os diretores que por aqui passaram, a digitalização do seu arquivo.

Apesar de o acordo institucional de digitalização do Jornal Nô Pintcha ter sido rubricado no ano passado com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, INEP, através da Biblioteca Nacional, só agora é nos exequívelcomunicar a sua concretização, graças ao auxílio do Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD.

Como sê, cada vez que se orla uma pedra no caminho de avolumar os sucessosdo Jornal, afloram outras obstruções.A dificuldade hojecataloga-se com o facto de as coleções do semanário governamental estarem inexplicavelmente em mãos alheias. Reaver e digitalizar todo o arquivo do jornal Nô Pintcha impõe-se  como uma absoluta necessidade de não apenas colocar o semanário do Estado ao alcance de todos estejam onde estiverem.

A digitalização, pois, é uma forma sensatade catalogar o segundo maior cervo do país, isto depois da Biblioteca Nacional. Assim os trabalhos de digitalização já começaram e dentro de dois meses o Jornal Governamental vai estar nas nuvens ao serviço de pesquisadores, estudantes universitários, políticos, administradores, professores e em última análise para toda a população que queira vasculhar o passado algo buliçoso do país mas também carregado de esperanças que por final é a última coisa a morrer.

Para além dessa fase de evolução, a digitalização do jornal, estamos todos ansiosos com odesfecho do processo de efetivação dos contratados que há muitos anos trabalham em condições difíceis.

Como a vida é feita destas duas faces, ano passado, o Jornal foi bafejado pela sorte madrasta com a morte de dois dos seus quadros de casa e a juntar a muitos que já redarguiram ao chamamento divino os nossos sinceros votos de paz e que a terra lhes seja leve.

É nessa ocasião singular, que a direção do jornal renova o seu vibrante apelo a todas e a todos a continuarem a colaborar com o semanário escrevendo, como é óbvio, artigos de opinião generalistas, opiniões especializadas, anunciar, produtos e serviços e aos opinadores que colocam na coluna dos leitores factos e ocorrências do seu Bairro, Tabanca, rua, do seu serviço para partilhar informação com todos.

A informação pela sua definição é a esteira de desenvolvimento de qualquer sociedade, por isso o rigor, a transparência, o direito ao contraditório, a equidade no tratamento da comunicação são bases comunicativas invioláveis.

Abduramane Djaló

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