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Administração de Prábis acusa CMB de interferir na sua área de jurisdição  

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O administrador do Setor de Prábis acusa a Câmara Municipal de Bissau (CMB) de estar a interferir na sua área jurisdicional, postura que coloca a administração local numa situação difícil, limitando a sua capacidade financeira, sobretudo na execução de vários projetos em benefício da população.

Mamadu Turé fez esta denúncia durante uma conversa com o repórter do jornal Nô Pintcha, na qual explicou que, em termos da divisão administrativa, o Setor de Prábis limita-se a partir da rotunda de Quelelé, apesar de algumas zonas estarem sob controlo da Câmara Municipal, o que “tem provocado quebra de receita da administração.

“Como se sabe, é nessas zonas que concentram grande partes de estabelecimentos comerciais, assim como terrenos para a construções de casas. A CMB invadiu o território que não é da sua competência, sem consentimento da administração do setor, muito menos do Ministério da Administração Territorial”, lamentou.

Neste sentido, o administrador informou terem mantido encontro com a direção da câmara para resolver o problema, mas sem sucesso. De seguida, solicitaram a intervenção da administração regional, também sem resposta satisfatória, pelo menos até neste momento. “Portanto, estamos a espera de uma solução, para devolver ao setor a gestão do espaço em questão”.

Mamadu Turé disse, por outro lado, que esta situação cria grandes dificuldades à administração local na implementação de vários projetos de desenvolvimento, assim como no cumprimento das suas obrigações, como por exemplo, o pagamento de salários aos funcionários, entre outras despesas.

Apoio ao setor social

O administrador do Setor de Prábis disse que elegeu como ações prioritárias a reabilitação, requalificação e apoio técnico e financeiro às escolas, atendimento às necessidades das organizações juvenis e o abastecimento de água potável às populações da zona.

Mamadu Turé justificou que a escolha de áreas sociais visa melhorar a qualidade de vida da população local, prometendo prestar uma atenção especial aos assuntos da comunidade. 

Segundo ele, a maior preocupação da administração neste momento tem a ver com a energia, tendo garantido que se tudo correr como previsto, até o final do ano a situação vai ser resolvida. Neste sentido, pediu ao Presidente da República e ao governo, no sentido de ajudar na resolução desse problema.

“Zonas de Paulo Barros e uma parte de Cumura já tem a corrente elétrica, faltando somente Prábis (sede do setor), pelo que peço a colaboração de todos, a fim de ajudar e acompanhar essa nova dinâmica de desenvolvimento”, sublinhou.

Mamadu Turé disse que a iluminação nas vias públicas, sobretudo na estrada, ajuda no combate ao crime, nomeadamente o assalto à mão armada, furto e tráfico e consumo de estupefacientes.

Em relação à situação de segurança, o administrador elogiou os trabalhos que as esquadras de polícias têm vindo a desencadear, dizendo quer a única dificuldade está relacionada à falta de meios de transporte. “Mediante a situação, é a administração que assume todas as despesas, para evitar o pior, porque se não os malfeitores terão campo livre para atuar”.

Assim, Turé pediu apoio do Ministério do Interior e da Ordem Pública pelo menos com uma viatura para serviços de patrulha.

Saúde

A responsável da Área Sanitária de Prábis, Lurdes da Costa, afirmou que o centro de saúde local está a funcionar na sua plenitude, dispondo de uma equipa suficiente para uma estrutura sanitária daquela dimensão.

 “O centro é tipo C, de maneiras que não pode funcionar fora desse parâmetro. Um centro como esse deve funcionar com um médico, um técnico de laboratório, um farmacêutico, três parteiras, dois enfermeiros e um administrador, portanto aqui só fazemos atendimentos ambulatórios”, informou.

Em termos de materiais, aquela responsável disse que a maior preocupação reside na falta de ambulância e de alguns medicamentos do primeiro socorro.

Relativamente à afluência de pessoas às estruturas sanitárias, Lurdes da Costa afirmou que está-se a registar mudança de comportamento por parte da população em relação aos anos anteriores, afirmado que, atualmente, quase maioria de grávidas procuram sempre centros de saúde. “Posso-lhe garantir que 90 por cento de mulheres vão à consulta pré-natal”.  

Alfredo Saminanco

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