O ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática procedeu hoje, dia 25 de abril, à entrega de duas viaturas e 16 motorizadas ao Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP).
O donativo, orçado em cerca de cinco milhões de dólares americanos, foi adquirido no quadro do Projeto Reforço da Conetividade Ecológico no Complexo Dulombi-Boé – Tchetche, Fundo GEF 7, cuja implementação é de UICN e agência de execução IBAP.
No ato da entrega, o ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática afirmou que não se pode conservar sem fiscalizar, pois existem vários meios de fiscalização através de defensores remotos.
No entanto, Viriato Soares Cassamá disse que a Guiné-Bissau deve ter “meios rolantes” no terreno, para fazer com que até 2030 o país seja capaz de ser pioneiro em atingir a meta 30/30 no ambiente do Quadro Global da Biodiversidade. Exortou ao IBAP e à UICN (União Internacional para Conservação de Natureza) que façam o uso devido deste dom que está à sua disposição.
Por sua vez, a diretora-geral do IBAP, Aissa Regalla de Barros, referiu que os dois complexos de Dulombi e Tchetche, compostos de dois parques nacionais, são as últimas gerações de parques que foram criadas oficialmente desde 2017 e que, na altura, recebeu viaturas e os meios de comunicação.
Segundo ela, desde então, o projeto vinha enfrentando dificuldades de adquirir meios logísticos, lembrando que se trata de um parque extremamente isolado, com a comunidade enclavada com muito pouco acesso. “Neste caso, a primeira etapa é ter as viaturas, porque há só uma jangada naquela localidade, o que afeta a circulação das populações”.
Aissa de Barros disse que o donativo vai permitir ao IBAP respirar de alívio e poder implementar atividades de forma mais eficaz, visto que facilita no reforço da gestão dos sistemas das áreas protegidas.
O coordenador do Projeto Área Ecológica, Morto Baiém Fandé, enalteceu a importância dessa oferta para a gestão das áreas protegidas, principalmente de Dulombi e Tchetche, sobretudo as motorizadas que reforçam o aspeto de fiscalização e no controlo dos infratores que atuam no parque.
Fandé assegurou que o desenvolvimento do Projeto de Conetividade Ecológico no Parque de Boé e Dulombi representa um esforço do Governo, através do IBAP e da UICN, a fim de minimizar as dificuldades com que atravessa o instituto na gestão desse complexo.
O responsável reconheceu o esforço do Governo na conservação e criação de parques, mas as gestões destes continua a ser um grande desafio devido à falta de meios financeiros e materiais.
Adelina Pereira de Barros