O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, visitou na manhã de hoje, o Centro de Hemodiálise, instalado no Hospital Nacional de Simão Mendes, em Bissau.
O único centro do país, com capacidade de atendimento para até cinco pacientes nesta primeira fase, é financiado pelo Reino de Marrocos.
Após a visita, o Chefe de Estado assegurou que o Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID), igualmente, garantiu o financiamento para a criação de um outro centro, no mesmo hospital, com capacidade de 10 cadeiras, além de mais um, que deverá ser instalado no Hospital Militar Principal, aumentando assim a capacidade de atendimento de doentes que precisarem dessa especialidade.
Conforme as garantias do Presidente da República, até novembro do ano em curso, os hospitais de “grandes regiões” do país também vão estar equipados de máquinas necessárias para o funcionamento do serviço de hemodiálise.
De acordo com os técnicos da área, o início de funcionamento pleno da estrutura sanitária depende ainda de alguns condicionalismos, nomeadamente a instalação de uma rede de internet de qualidade, de 24 horas por dia, assim como certos acessórios das máquinas que não se encontram à venda no mercado nacional.
Apesar da dependência dos referidos equipamentos, o Chefe de Estado disse que deu orientações para que tudo esteja resolvido até ao final deste mês, devendo o centro estar operacional e devidamente equipado a partir de fevereiro próximo.
“Os nossos concidadãos não podem continuar a ir a Ziguinchor ou outras partes de mundo para o tratamento de problemas renais. Temos que reunir condições para que isso aconteça aqui no nosso país”, declarou.
Evacuação
O Presidente Sissoco espera que, com o funcionamento pleno do centro de hemodiálise, o Governo, além de poupar vidas humanas, também, vai economizar muito dinheiro na evacuação de doentes ao estrangeiro.
Umaro Sissoco Embaló considera a concretização de serviços de hemodiálise no país como um dos legados que pretende deixar neste seu primeiro mandato. Garantiu que vai haver uma comparticipação financeira do Governo para minimizar os custos de tratamento de casos de insuficiência renal de pacientes.
Instado a comentar a greve projetada pelos sindicatos no setor de saúde para os dias 3, 4 e 5 de fevereiro, o Presidente da República disse que esse assunto é já a prioridade para si e prometeu dirigir as negociações para “acabar de uma vez por todas” com as paralisações no setor público.
Importa salientar que, nessa visita, ao Chefe de Estado foi apresentado uma equipa de nove técnicos formados em Marrocos na área de hemodiálise.
Aliu Baldé
