Os centros de saúde de São Domingos, Suzana, Ingoré e Bigene dispõem de uma única ambulân- cia para a evacuação de doentes, situação que muitas vezes leva até à morte de pacientes.
Perante esta realidade a direção do Centro de Saúde Bacar Mané em São Domimgo, decidiu reparar uma ambulância ava – riada há mais de cinco anos, com o objetivo de minimizar o sofrimento da população dessas localidades.
Falando ao Nô Pintcha, o diretor do referido centro, Ma madu Lamim Só, disse que após a sua nomeação, en – controu vários problemas, en – tre os quais, salário em atraso e falta, a incapacidade de am – bulância em responder às ne – cessidades, entre outros.
Para ultrapassar a situação, resolveu convocar reunião com todos os funcionários pa – ra melhor se inteirar da real situação do centre, e foi a par- tir daí que começou a arranjar mecanismo de resolver esses problemas.
Segundo a sua explicação, depois de recolher todas as in – formações necessárias sobre o centro, entendeu que o mais urgente era a resolução do problema da ambulância.
No seu ponto de vista, não é normal uma só ambulância prestar serviço para quatro centros de saúde, que se situ- am em zonas distantes uma da outra, sem contar com as pés- simas condições das estradas. “Finalmente, já conseguimos atender essa preocupação, gra ças ao esforço interno”.
Igualmente, Lamim Só dis se que conseguiram também resolver o problema de luz e água, embora ainda falta muito por fazer, porque, segundo ele, há equipamentos que não podem funcionar no seu pleno, devido à capacida – de do gerador, mas garantiu tudo fazer para ultrapassar a situação.
No âmbito dessa nova dinâmica, aquele responsável informou que conseguiu tam- bém equipar o laboratório com um aparelho bioquímico, o que permite realizar vários tipos de análises.
“É assim que estamos a tentar resolver os problemas que se depara o centro, mes – mo como parcos meios que temos. Administrar é a arte de saber responder com precisão os desafios”, disse.
Rotura de stock de medicamento
Mamadu Só afirmou ter recebido a indicação da parte do responsável da farmácia que, a qualquer momento, o centro pode ficar sem medica- mentos essenciais. Por isso, precisam de mais de um milhão e meio de francos CFA para o abastecer aquele serviço.
Garantiu que, apesar das di ficuldades financeiras, vai tu do fazer para ultrapassar a situação, porque se não, vai- se agravar as condições da população da zona.
“Os nossos medicamentos são mais baratos, em comparação com as farmácias privadas. Por isso, a maioria de pes soas prefere comprar aqui, em detrimento de outros lu – gares”, sublinhou.
Mortes evitáveis
Por sua vez, o administrador do centro afirmou que no espaço de um mês conse gui – ram resolver mais de metade dos problemas que o centro se depara, o que se deve ao es – forço e vontade da direção.
Pedro Imbana, disse que, atualmente, conseguem fazer duas evacuações num só dia, o que era impossível nos anos anteriores. Aliás, a situação de única ambulância para quatro centros de saúde provocou mortes, que, na verdade, poderiam ser evitadas.No seu ponto de visto, não se pode ficar passivo perante uma situação que requer uma solução urgente, sobretudo quando se trata de salvar vidas. Por isso, segundo ele, arregaçamos as mangas para responder às demandas da população local.
“Herdamos a garagem com as ambulâncias em esta dos obsoletos, mas decidimos recuperá-las, tornando-as ope racionais”, disse. No entanto, lembrou que, no passado, o pátio daquela unidade hospitalar era lugar de estacionamento de motorizadas e carros dos utentes.
A finalizar, assegurou que todo o trabalho que está a ser feito é na perspetiva de me- lhorar os serviços de atendimento do Centro de Saúde Bacar Mané.