No quadro das celebrações de 24 de Setembro, Dia da Independência Nacional, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, proferiu a tradicional mensagem alusiva à data, tal como se pode ler na íntegra.
Caros compatriotas
GUINEENSES,
Ao celebrarmos o dia da independência nacional, num contexto de estado de calamidade, convido todos os guineenses a uma reflexão profunda e permanente sobre a forma de melhor preservarmos a unidade e coesão nacional. A estabilidade política, o fortalecimento das nossas instituições democráticas, a melhoria dos indicadores socio-económicos, nomeadamente os de desenvolvimento humano e de crescimento económico, em prol do bem-estar social da nossa população.
É por esta razão que, coloquei toda a minha energia ao serviço do povo guineense, com objectivos definidos por ocasião da minha investidura ao mais alto cargo da nação guineense, fruto da confiança que depositaram em mim. Essa é, e continuará a ser, a minha nobre missão, enquanto Chefe de Estado, para a qual não pouparei esforços.
Em 2020, iniciamos um novo ciclo político que coincide com uma clara mudança de geração. De uma geração que enfrentou os fracassos registados ao longo dos 48 anos de independência, para uma geração que, hoje, está determinada em traçar um novo rumo para a Guiné-Bissau.
Não é por acaso que chamei a esta geração- que é minha- a Geração do Concreto.
Hoje, os guineenses estão mais orgulhosos do que nunca, de verem resgatada a credibilidade interna e externa do nosso país, através de uma plena integração sub-regional, regional e internacional do nosso Estado, com destaque para a dinâmica da nossa diplomacia que, visa aumentar o nível de respeitabilidade e de confiança do nosso país no mundo.
Associado a uma estabilidade político-institucional e contínua consolidação do Estado de direito democrático, esta realidade faz da Guiné-Bissau um país potencialmente atractivo para o investimento estrangeiro directo, com impacto sobre o seu desenvolvimento social e económico.
Temos o dever e a responsabilidade, enquanto cidadãos e patriotas, de preservar as conquistas que vamos alcançando e o respeito que vamos granjeando em África e no mundo, o que requer a implementação de acções mais enérgicas e eficientes no plano interno, com especial destaque para a luta sem tréguas contra a corrupção e a injustiça. A urgência de avanços notórios no domínio das grandes reformas estruturantes do Estado, sejam elas da administração pública, da defesa, segurança e da justiça.
Se assim for, estaremos todos nós, em conjunto e numa sinergia para criar as condições necessárias e indispensáveis para a promoção e valorização do capital humano que constitui o motor principal para o desenvolvimento dos sectores sociais como a saúde e a educação, das infraestrutras, do sector produtivo e da economia digital.
A pandemia da covid-19, que assola cruelmente o mundo, há mais de um ano e meio, ensinou-nos que há desafios inesperados e que, nos devem incentivar a aumentar a nossa capacidade de organização e de resiliência, razão pela qual, tomamos, juntamente com o Governo, medidas institucionais e sanitárias que visam melhorar e combater esta ameaça à saúde pública e à economia nacional.
Fidjus di Guiné
Permitam-me, antes de terminar, reiterar-vos a minha confiança na nossa capacidade em ultrapassarmos os constrangimentos e as dificuldades que se apresentam, e promovermos um clima de paz social, de entendimento entre todos os actores sociais e forças vivas da nação, para construirmos uma Guiné-Bissau unida e próspera.
Viva a Guiné-Bissau!