Os jornalistas Alison Cabral, Waldir Araújo e Maimuna Bari são vencedores da X edição do prémio do Jornalismo e Direitos Humanos, organizado pela Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH).
Cada vencedor leva um cheque no valor de 300 mil francos CFA e um computador portátil. O concurso foi em três categorias, nomeadamente da imprensa escrita, rádio e televisão.
Após a entrega dos prémios, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, disse que a iniciativa tem como objetivo reforçar o papel dos jornalistas enquanto agentes de mudança de mentalidades na sociedade guineense, estimulando a construção de uma cultura de participação democrática e cívica, com vista à promoção e à defesa dos direitos humanos.
De acordo com o responsável, este gesto das organizações da sociedade civil vale pela sua relevância simbólica e pela sua expressão de reconhecimento público da contribuição significativa da imprensa guineense na consolidação da paz e na construção de uma cultura em prol dos direitos humanos.
“Num regime democrático como o nosso, a liberdade de imprensa assume uma dimensão primordial para assegurar a participação política dos cidadãos no processo democrático e desenvolvimento socioeconómico do país. Aliás, sem a existência de uma opinião pública formada e independente, as possibilidades do progresso de uma sociedade séria tornam-se muito limitadas e comprometedoras”, observou.
Aliás, disse que os órgãos de comunicação social constituem espinha dorsal de uma democracia pluralista, onde as liberdades de expressão e de opinião são consideradas imprescindíveis para a consolidação do Estado de Dreito democrático.
Segundo Bubacar Turé, a liberdade e a independência dos meios de comunicação social são fatores determinantes para garantir o funcionamento legítimo dos poderes políticos e económicos em coerência com as aspirações dos cidadãos, instituindo um espaço de diálogo indispensável à preservação dos ideais da democracia, do progresso económico e do desenvolvimento sustentável.
Nessa perspetiva, adintou que o presente ato visa não só reconhecer os esforços dos órgãos de comunicação social nacionais na promoção dos direitos humanos, procura acima de tudo, enaltecer e encorajar a árdua e espinhosa tarefa dos profissionais de imprensa, que em ambientes hostis, de ameaças e de intimidações têm contribuído para a defesa dos direitos e liberdades fundamentais através de programas de sensibilização sobre direitos e liberdades fundamentais, divulgação de noticias sensíveis ao género e denuncias de casos de impunidade, de discriminação e de violação dos direitos humanos.
Alfredo Saminanco